domingo, 25 de outubro de 2009

Scorn

Acordou pensando que ridículo era na verdade o seu extremado senso de ridículo.
Não mais conseguia considerar ridículas aquelas pessoas que se atreveram a escrever livros, dar aulas e fazer palestras sem se intimidar com a limitação de seus conhecimentos.
Deu-se conta que os anos se passaram enquanto ela perdeu tempo constrangendo-se pelos outros, dizendo a si mesma que não teria coragem de se expor assim.

Ridícula.

5 comentários:

Anônimo disse...

Que verdade! Acho que a arrogância nos leva, muitas vezes, a lugares onde nunca imaginamos parar.
Adorei sua visita no meu blog, bom angariar leitores! Vou continuar te lendo por aqui também (e no twitter - te adicionei). Beijos!

Eli Carlos Vieira disse...

A constatação!
Rídicula sim. Mas não mais, certo?!
Como é mais fácil apontar o dos outros ao invés de criar o seu próprio...é a tal da grama do vizinho!

Bacio, bacio, Kátia!

Vanessa Ruiz disse...

Legal como cada um entende coisas diferentes do que a gente escrever, né? Pois eu relacionei com as barreiras criadas pelo nosso perfeccionismo. Elevar o grau de exigência é uma maldade conosco porque nos impedimos de ver quão bom somos ou podemos ser, talvez...
Beijossss

Eli Carlos Vieira disse...

É, Vanessa!
Um texto é, mesmo, algo como uma cria nossa, que precocemente, tão logo é publicado, deixa de ser nosso, passando a ser possuído por terceiros, que leem e entendem a seu modo!

Kátia, mandei um email para você, com um arquivo que encontrei sobre você aqui, no Gazeta!

Bacio,
:-]

Nádia Almeida disse...

Teu texto me remeteu a várias situações desse tipo. Tive inveja (palavra pesada e rara na minha vida) da exposição corajosa de algumas pessoas e lamentei a falta de senso de outras pela mesma razão. Certa vez fiz algo ridículo mas totalmente espontâneo, que não faria de novo, me valeu um baita constrangimento, mas que guardo entre as coisas mais legais da vida. BeijoKA também.