quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sintonia

Não vai mais ignorar os sinais que lampejam em sua mente.

Há anos, durante alguns dias, pensava com insistência na amiga de juventude. E que há tanto tempo não via. Mas, deixava passar -como deixamos passar tantas coisas!

Numa dessas brincadeiras do destino, o acaso promoveu o reencontro.

Abraçaram-se sabendo que o tempo e a distância sempre perderiam pra afinidade entre elas.

Café e docinhos testemunharam relatos pungentes da amiga, castigada, mas firme e forte, abraçada ao alento espiritual do kardecismo - como quem agarra a tábua que a impede de afogar-se num mar de lágrimas.

Despiram suas almas.

Despediram-se.

Nela restou um sabor amargo. Deveria ter ouvido os pensamentos recorrentes. A amiga surgia silenciosa em sua mente. Agora, sabia: era nada menos que um grito de socorro.

Um comentário:

Eli Carlos Vieira disse...

Sim. É preciso ouvir o que é soprado lá, bem internamente. Um aviso, necessidade, pedido, um recorrer!
Porém, culpa ou arrependimento também não valem, em casos em que esse alerta foi dado!

Que texto. A sintonia está em todo o momento dele!

Bacio